Fim da Linha para Paiva no Bahia; entenda as causas

De forma surpreendente, a Nação Tricolor recebeu a notícia sobre o fim da linha para Paiva no Bahia; entenda as causas

De forma surpreendente, o Bahia anunciou oficialmente na noite desta quarta (06), a demissão do técnico Renato Paiva. A notícia, foi bem recebida pela Nação Tricolor que exigia a saída do treinador português. Mas, quais foram as causas para a saída?

Agora, o Bahia vai se reapresentar na tarde desta quinta, 07, sob o comando do técnico interino Rogério Ferreira. O profissional é o atual comandante da equipe sub-20 tricolor. A atividade será às 15h, no CT Evaristo de Macedo.

Fim da linha de Renato Paiva no Bahia, saiba e entenda as causas que levaram a demissão do técnico português
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

As causas da demissão de Paiva

Afirmar que somente os maus resultados do Bahia no Brasileirão, motivou a saída de Paiva, é contar 5% da história real. Na realidade, foi o próprio mister que comunicou a demissão ao clube.

Curiosamente, na última segunda-feira (04), depois do empate com o Vasco, Renato Paiva foi flagrado no Aeroporto Internacional de Salvador. Porém, ninguém desconfiava de uma possível demissão, até então.

Para além dos resultados em campo, o desgaste na relação com a Nação Tricolor e a imprensa baiana, pesou na decisão do agora ex-técnico do Bahia. Ainda naquela segunda, 04, a principal organizada do Esquadrão emitiu nota exigindo a saída de Paiva.

“A Torcida Bamor Nova Era, EXIGE a saída do “treinador jovem aprendiz” do Bahia imediatamente. Já foi comprovado que o trabalho deste professor pardal tem um rendimento muito abaixo do aceitável durante toda a temporada e que vem cometendo diversos erros cruciais para a nossa pífia campanha no Brasileirão, deixando claro que não tem experiência e conhecimento suficiente para gerir um clube do tamanho do Bahia”, escreveram.

Logo após o resultado frustrante contra o Vasco, na Fonte Nova, Paiva desabafou quanto ao protesto da torcida que o chamou de burro. Na ocasião, foram 46 mil torcedores presentes, que criticaram a demora na estreia de Luciano Juba.

“[…] É o único país que chamam os treinadores de burro. Já estive em Portugal, na Europa, no Equador e no México. Nunca me chamaram de burro. Juba pode jogar pela esquerda, pode jogar atrás do nove, vamos ver o que vai ser em função das dinâmicas do jogo e do treino. Em função de como ele vai entender nossa forma de jogar”, disse o professor.

Outras causas para demissão de Paiva

Outro fator, foram as declarações de Paiva numa entrevista ao ge. Quando foi questionado sobre as críticas da Nação Tricolor, o técnico português afirmou que somente o Grupo City avalia o trabalho dele. A declaração não pegou bem com os torcedores.

“Essa é a perspectiva de quem manda, porque agora quem manda são eles [o Grupo City]. A torcida tem uma perspectiva emocional e cultural no Brasil. Se está mal, deve-se intervir para corrigir”, afirmou.

Nessa mesma entrevista, Renato Paiva falou sobre mensagens com insultos enviados para sua filha. Algo que deixou o mister bem chateado.

“Tem a parte feia de irem até a rede social da minha filha me insultar. É muito feio. É muito feio fazer isso. Minha filha me encaminhou umas mensagens muito feias. Volto a dizer, se concentrem em mim. Estes limites estão ultrapassando. […] Minha filha não tem culpa. Ela é jornalista, faz o seu trabalho. Temos uma relação pai e filha. Não tenho direito de receber esse tipo de insultos porque sou o pai dela”, reclamou.

Ainda no mês de agosto, o técnico Renato Paiva chegou a discutir com o radialista Jaílson Baraúna. O episódio ocorreu no meio da coletiva pós-jogo, no triunfo do Bahia por 3 a 0 sobre o América-MG. Tudo isso, aliado aos maus resultados dentro de campo, ocasionaram na saída do mister.

Desempenho baixo do mister Paiva no Bahia

Com 49 partidas à frente da Comissão Técnica do Bahia, Paiva acumulou: 19 triunfos; 15 empates; e 15 derrotas. Foram apenas 48,98% de aproveitamento, considerando todas as competições disputadas nesta temporada.

Atualmente, com 22 pontos conquistados em 22 partidas, o Bahia encontra-se na 16ª posição, apenas um acima da zona de rebaixamento do Brasileirão.

Sou Preto, baiano e soteropolitano. Apesar da formação técnica em Eletrotécnica, encontrei no Jornalismo o meu melhor caminho para me desenvolver profissionalmente. Busco sempre passar a verdade nos meus textos e a isenção nas informações. Espero que num futuro próximo, diria uma música baiana famosa: “Quem sabe um dia a paz vence guerra. E viver será só festejar”

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